sábado, 6 de março de 2010

OTIMA DICA PARA NÃO COMPRAR PEÇAS FALSAS.

O setor de autopeças no país ganhou impulso com a abertura das importações e a revitalização da indústria nacional. Porém, a concorrência desleal dos falsificadores, que estão invadindo o mercado, provoca prejuízos para as empresas e oferece riscos para os motoristas. O tema está sendo discutido na comissão denominada "Grupo Especial - Normas de Repressão à Falsificação e Comercialização de Autopeças", criada pelo Ministério da Justiça em meados de outubro de 98 e que reúne todo o setor automobilístico.

A discussão gira em torno de itens básicos de segurança, relacionados à estabilidade e sistema de freios do veículo. Mas componentes estruturais, como o capô do motor, portas e pára-lamas, também estão sendo falsificados. O mais grave é que esses componentes têm relação direta com o comportamento do veículo e a segurança de seus ocupantes. O capô do motor, por exemplo, apresenta em seu lado interno pontos de dobramento, que possibilitam deformação programada no caso de uma colisão frontal, evitando assim que o mesmo se projete contra o motorista.

As peças falsificadas chegam a custar até 60% mais barato do que uma equivalente original. A diferença de preço está na qualidade. Uma peça falsificada não apresenta durabilidade, compromete o funcionamento de outros componentes e a própria segurança do motorista. Um filtro de ar falsificado, por exemplo, possui uma porosidade maior no papel. Além de mais ar, o filtro deixa passar também mais sujeira, ocasionando danos ao motor.

Comprar uma peça falsificada pode ser um mal negócio, apesar da aparente vantagem econômica. A atual situação financeira do país é uma das grandes responsáveis pelo aumento do consumo de peças piratas. Muitas vezes, o consumidor prefere comprar peças de segunda linha. Quando a opção é pela peça inferior, ele acaba tendo que visitar mais vezes a oficina. Porém, uma vez que existe procura, a oferta aparece. A atuação mais criminosa dos falsários de autopeças diz respeito aos rolamentos, pois não existe recondicionamento para este tipo de produto.

Os rolamentos usados, adquiridos em sucatas e ferro-velhos, são arrebentados com um martelo de borracha. Com as peças remanescentes, o falsário monta um novo rolamento, juntando várias peças de marcas diferentes. Sem tecnologia e com uma vida útil duvidosa, esses rolamentos comprometem a segurança do motorista. Vender peças recondicionadas e usadas não é crime, desde que o consumidor não seja enganado sobre a qualidade e autenticidade do produto que esteja adquirindo.

As dicas a seguir servem de orientação aos consumidores para evitar as peças falsificadas. Fique atento, uma diferença de preço superior a 40% é motivo de desconfiança. Muito cuidado com as embalagens. Alguns falsários não se preocupam com a embalagem; outros, porém, fazem cópias exatamente iguais. Peças falsificadas estão sempre maquiadas e normalmente têm uma aparência melhor que as originais, que costumam sair da fábrica com um pouco de óleo ou graxa.

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